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Através de mensagens, morador denuncia invasão de casa no Alemão por PM

A moradora é uma costureira de 54 anos que está trabalhando e ainda não sabe da situação

“Bom diia! os policiais entraram na casa da minha mãe com um mlk batendo nele asfixiando, expulsaram todos lá da casa é tão lá na casa da minha mãe um absurdo isso meus irmão e tia q estava na casa, estão nos vizinho pq eles não deixam entrar na própria casa”, foi através da página do Facebook do jornal Voz das Comunidades que um morador denunciou a invasão da casa de sua mãe.

De acordo com Anderson, às 8:50 da manhã desta quarta feira, dia 18 de setembro, Policiais Militares invadiram a residência na Rua 2, próximo a Praça da Cruzeiro, carregando um rapaz ainda não identificado. A moradora é uma costureira de 54 anos que está trabalhando e ainda não sabe da situação.

“Meu irmão estava dormindo e acordou um um fuzil na cara. Mandaram ele sair da casa e ficaram com o outro moleque lá dentro. Minha tia desceu correndo achando que era meu irmão que estava apanhando”, conta o pintor de 28 anos, que completa dizendo que perdeu um dia do trabalho por conta do intenso tiroteio que acontece durante uma operação no Complexo. “Nem fui trabalhar por causa dos tiros. Na hora do almoço tento sair outra vez”.

Anderson conta que a família está abrigada na casa de uma vizinha, que acolheu seu irmão, tia e os dois filhos, um de 10 e outro de 6 anos. “Não sei se meus filhos viram a cena, ainda não conversei com eles, mas tomara que não”. As crianças estavam em casa pois grande parte das escolas no Complexo do Alemão e ao entorno precisaram cancelar as aulas devido a falta de segurança na região.

Está disposto no art. 5, XI, da Constituição da República.
“a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial”.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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