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Coronavírus preocupa, mas prevenção da dengue, zika e chikungunya deve continuar

Dengue. Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades
Dengue. Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

Segundo o projeto Sentinelas da Arbovirose, que contabiliza os casos confirmados das doenças Dengue, Zika e Chikungunya na Clinica da Família do Complexo do Alemão, devido ao clima chuvoso alternando com dias de sol, a expectativa é que este ano aumente a proliferação do mosquito nos períodos de maior incidência da doença, entre março e maio. 

No ano passado o maior número de casos registrados foi de chikungunya, quando mais de 300 pessoas adoeceram na região da leopoldina, a qual é transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, assim como a dengue e a zika. A chikungunya pode causar dores e inchaços crônicos e precisa ser tratada muito tempo depois de curada. 

“já faz três anos que eu tive essa doença, na época eu não conseguia nem sair da cama e até hoje eu sinto inchaço nas pernas e cansaço. Dói muito principalmente no frio, e é quando eu preciso tomar remédio para dor.”, afirmou Mariana da Assis, moradora da Nova Brasília.  

O cuidado deve começar dentro de casa. Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

A proliferação do mosquito pode ser evitada, já que ele precisa de água parada para colocar seus ovos. Além disso, não precisa de superfícies grandes, uma latinha de refrigerante, copos de plástico, vasos de planta, calhas no telhado que acumulem água são um prato cheio para o transmissor da doença.  A fêmea pode ter até 200 filhotes e só elas transmitem a doença. Ao picar uma pessoa infectada ela carrega o vírus e pode contaminar outras pessoas ao redor se picá-las também.  

“Na época que eu tive a chikungunya, olhava a rua e parecia que todo mundo tinha problema de locomoção, todos andando curvados, não desejo essa dor pra ninguém.”, conta a moradora Marli Romoaldo.

O Ministério da Saúde convoca todas as pessoas para a combate ao mosquito, que pode causar doenças mais graves, como a microcefalia, que ocasiona má formação fetal quando a zica é contraída por mulheres grávidas e em alguns casos, essas enfermidades são fatais. Em 2019, mais de 410 pessoas morreram em decorrência das doenças transmitidas pelo Aedes no Brasil. Além disso, quando os moradores da região não puderem retirar os focos de mosquito, como, por exemplo de um terreno baldio ou de lixos acumulados na rua é preciso ligar para a prefeitura pelo telefone 1746 e pedir pela limpeza. 

“A população precisa se conscientizar, pois ainda subestima muito essas doenças, não jogar lixo na rua, deixar a caixa d’agua bem fechada são ações simples que fazem diferença.”, lembra Gisele Reis, enfermeira responsável pelo projeto Sentinelas da Arbovirose.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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