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Haiti tem quase 900 mortos após passagem do Furacão Matthew

Foto: AFP / Internet

Situação no país é considerada “catastrófica”

O poderoso furacão Matthew,   deixou cerca de 1,4 milhão de pessoas com necessidade de ajuda humanitária, considerando a tempestade mais forte no Caribe em quase uma década, chegando ao Haiti com ventos de 233 quilômetros por hora e chuvas torrenciais, informou o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários. Uma estimativa da agência Reuters eleva para 877, citando fontes de ajuda humanitária. Muitas das vítimas, de acordo com estas fontes, morreram quando árvores caíram sobre elas, pelo colapso de casas e nas inundações provocadas por ventos de mais de 230 quilômetros por hora, como cita a matéria do Jornal El País.  Segundo estatísticas elaboradas pelas agências humanitárias que prestam socorro as vitimas do Furacão Matthews, os dados podem subir nas próximas horas, já que ainda não foram publicados números de outras áreas de difícil acesso.  O governo do Haiti começou neste fim de semana, a enterrar parte dos corpos.

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Imagens do Furacão Matthew visto pelos satélites

A região sul do país foi a mais afetada. Mais de 1 milhão de pessoas em todo país, precisam de ajuda após a passagem do Furacão.  Mais de 300 escolas foram afetadas ou destruídas. A eleição geral prevista para domingo foi adiada pela catástrofe. O Conselho Eleitoral Provisório (CEP) deve se reunir nas próximas horas para definir a nova data da eleição. Além de destruídas, outras escolas que sobreviveram a passagem do furacão estão sendo usadas como abrigos e pontos de socorro para os feridos e desabrigados. Além de base para ajuda e entrega de doações. Para as zonas afetadas pelo furacão, o governo prepara o lançamento dos projetos de reabilitação da infraestrutura para facilitar o retorno das aulas no menor tempo possível, acrescentou o comunicado.

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O furacão Matthew matou quase 900 pessoas (Fotos: Joseph Guyler Delva e Scott Malone, da REUTERS)

Em nota para a Globo News, autoridades do país dizem que “A prioridade é chegar até as localidades mais atingidas e dar resposta aos milhares de afetados da catástrofe para evitar um eventual surto de cólera, epidemia que afetou o país após o terremoto de 2010, agravando a crise humanitária”.  Desde outubro de 2010, o Haiti reportou mais de 790 mil casos de cólera com mais de 9,3 mil mortes, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPS), que garantiu que, em seu ponto máximo, em 2011, os casos de cólera foram chegando a uma média de 6.766 semanais. De acordo com o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), 1,4 milhões de pessoas necessitam ajuda de emergência no Haiti, o país mais pobre da América e muito vulnerável aos desastres naturais. Enquanto a agência Reuters contabiliza mil mortos pelo furacão Matthew, os últimos números divulgados pela Defesa Civil haitiana citam 372 mortos, quatro desaparecidos, 246 feridos e 175 mil pessoas deslocadas em 224 refúgios.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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