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O mundo é dos curiosos

Reprodução/Internet
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“O mundo é dos curiosos”. É bem provável que você já tenha ouvido essa expressão antes. Ele se repete em vários lugares e em várias ocasiões, e é uma daquelas frases de efeito que costumamos aceitar e adotar sem grandes reflexões. Esses dias me peguei pensando sobre ela, e quanto mais me debruço sobre seu significado, mais sentido ela parece fazer.

Aqueles que são meros espectadores, conformados com as coisas como elas são – ou como parecem ser-, perdem muita coisa. O mundo não dá espaços e o cotidiano moderno não deixa sobrar tempo para grandes explicações gratuitas. Se não prestarmos atenção, as coisas acontecem em nossa volta num piscar de olhos e só percebemos o que aconteceu vendo os resultados dos acontecimentos, muito tempo depois. Só quem fica de olhos abertos e tem espírito questionador é que consegue entender os movimentos mais complexos do mundo: seja na esfera pessoal, profissional, ou mesmo no contexto político-financeiro de um país.


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Nosso sistema de ensino, mesmo apesar das mudanças agora propostas ao ensino médio, ignora qualquer aspecto de curiosidade dos alunos. As informações, em cada nível de escolaridade, são apresentadas apenas de forma superficial. A justificativa é que “mais adiante este tópico será abordado em mais profundidade”. Atrelada ao assunto que é visto apenas de forma superficial no Ensino Médio existe a promessa de que este será melhor detalhado na graduação universitária, que termina também apresentando o tópico superficialmente e assegurando que ele será melhor detalhado num curso de mestrado, e assim por diante. Uma esfera joga a responsabilidade para a próxima, e quem fica refém do sistema nunca é capaz de aprender nada realmente complexo.

A verdade é que é comum que engenheiros civis formados em boas universidades concluam o curso sem saber construir um prédio, ou que escolas de medicina formem médicos muito pouco habilidosos –aos cuidados dos quais a sociedade estará submetida, diga-se de passagem. Apenas os curiosos, os questionadores, os que vão além do conteúdo explicitado, os que pesquisam e querem sempre mais, conseguem se destacar em meio a esse universo de marasmo.


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O mundo está acontecendo cada vez mais rápido, e ele não tem tempo para esperar por ninguém. O quanto antes você ficar ligado, correr atrás de todas as oportunidades, tirar o máximo proveito e a maior quantidade possível de informações de todas as situações, mais competitivo você será nessa realidade de pessoas competentes. Uma breve análise de qualquer pessoa bem sucedida deve te levar à conclusão de que, de fato, o mundo é mesmo dos curiosos.

AUTOR

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PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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