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Qual a importância de uma parada LGBT? #OPINIÃO

Por estarmos inseridos na sociedade, aprendemos e reproduzimos os costumes que nos foram ensinados. Quando alguém não está “dentro do padrão” ditado pela família, pela religião ou pela mídia, esta pessoa fica à margem de uma cultura que é seletiva e cruel. O diferente, ainda hoje, é algo que gera desconforto, intolerância e é reprimido.

Quando os gays, lésbicas, travestis, bissexuais, homens e mulheres trans e simpatizantes se reúnem para a festa, não estão ali somente para se divertirem e curtirem um show. Existe por trás de cada parada gay uma causa, que importa a mim, a você, a todos os cidadãos porque eles estão falando de vidas. Não cabe a ninguém fazer juízo de valor. A cada 25 horas uma pessoa LGBT é assassinada no Brasil.

Segundo informações da ONG Grupo Gay da Bahia (GGB), até o dia 20 de setembro, foram registrados 277 homicídios. Pela primeira vez, a média de mortes ligadas à homofobia passou de uma por dia. Em 2016, a média foi de 0,94 e este ano já chega em 1,05. Ou seja, a violência tem aumentado e os números são preocupantes.

O dia 28 de junho é conhecido internacionalmente como o dia do orgulho LGBT, em referência a primeira passeata ocorrida em Nova York, em 1969. No Brasil, a Parada do Orgulho LGBT mais famosa ocorre em São Paulo. A cidade recebe milhares de turistas e todos juntos lutam por uma causa em comum, para que sejam respeitados e tenham direitos iguais.

É vergonhoso saber que, em pleno séc. XXI, as pessoas têm que sair de casa para protestar e lutar por algo que é DIREITO de todo cidadão. A orientação sexual, a identidade de gênero não deveria ser tabu e muito menos o motivo para matar alguém que é feita de carne e osso como todo mundo, mas infelizmente é. Por isso, existem as ONGs e as paradas, para dar visibilidade e mostrar que por trás de cada fantasia e de cada maquiagem existe um ser humano que deve ser respeitado.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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