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Thalles Roberto anuncia saída do meio musical gospel e é alvo de julgamento por parte dos evangélicos

Mateus 7:
1. Não julgueis, para que não sejais julgados.
2. Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida que usardes para medir a outros, igualmente medirão a vós.

Não entendo as pessoas que estão todos os dias na igreja, ouvindo a palavra do Pastor incessantemente, que se dizem seguidores fiéis da bíblia e de Jesus, tem a cara de pau de julgar o próximo, como se fosse a coisa mais normal.

Eu, uso muito uma coisa chamada respeito, apesar de trabalhar com humor que geralmente desrespeita. Se o indivíduo é ateu, evangélico, espírita, budista, umbandista, ou assim como eu católico, eu não posso fazer nada quanto a decisão individual de cada, só respeitar. Não vou julgar minhas crenças como melhores só por que eu acredito. Pra mim, o que importa é meu conhecimento e o que sigo. Certo é que sou católico por simplesmente simpatizar mais com a religião, desde sempre, até por que nunca fiz promessas a santos, mas também não suporto ouvir críticas do tipo “Tu acredita num pedaço de madeira”. É realmente um argumento de quem só sabe julgar, que não procurar entender nem conhecer o lado do outro. Tolo, eu diria. Creio que um “santo” seja valorizado pelo que representou em vida, pelas coisa boas que fez, daí a igreja católica tenha dado status de uma pessoa importante e assim chamam de Santo. Mas enfim, pra mim é DEUS! Minha religião não nego, mas não sei se importa, até por que religião é uma das coisas que mais criam conflito no mundo, há muito e muito tempo.

Pois bem, voltando aos evangélicos que estão a julgar o cantor Thalles Roberto, pelo fato do mesmo ter anunciado que irá fazer música fora do meio gospel, isso não é meio contraditório?! O cara tem total direito de fazer o que bem quer da vida. Se ele é rico cantando música gospel, é por que ele vendeu cds e fez muitos shows. Por que a revolta com a decisão pessoal do artista?! Se ele sentiu a hora de mudar, paciência. Eu particularmente gosto muito do som dele. É o único brasileiro na lendária gravadora ‘Motown Records‘, que geralmente trabalha com os caras da Soul Music. James Brown, BB King, Steve Wonder… Assim como Thalles, gosto muito do som desses que mencionei. E eles são alguns exemplos da Soul. Soul, que significa ‘Alma’ em português. A mania do brasileiro, principalmente de alguns religiosos, é dizer que quando uma pessoa faz sucesso, ela tá pensando somente em dinheiro e poder, mas ainda que fosse por isso, cabe a nós julgar de forma tão veemente?! Quem é que não precisa e não quer dinheiro nesse mundo?!

Bom, como disse Paola Bracho;
“Uma coisa que não sou é obrigada”

E assim sugiro que Thalles diga. Faça o que você tem vontade, o que você disse que Deus falou. Se será bom ou não, é outra coisa, iremos avaliar seu novo estilo musical, se não mencionar “Whisky e Redbull” e “Ostentando de NikeShox no camarote e tomando Chandon“, como muitos fazem por aí, já tá bom demais. Não estou julgando quem fala de ostentação e derivados, apenas estou sugerindo que musicalmente o som tenha algo relevante, uma mensagem boa a passar pra quem ouve. No mais, creio que continuará a fazer um som tão bom quanto o atual. E julgar sua decisão, isso não cabe a nós, ou pelo menos não deveria caber.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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