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Nascido e crescido na Providência, Flávio, saiu de casa cedo e acabou entrando para o tráfico, onde permaneceu por dez anos. Hoje, estudante de direito e professor de capoeira aproveitou a suspensão das aulas do seu projeto social, que atende ainda adultos e idosos, para começar a reforma do espaço. Os primeiros recursos também vieram de doadores, mas o idealizador, que trabalha como porteiro e tem salário de R$ 1.300 mensal, tira quantias do próprio bolso.

A biblioteca comunitária é, na verdade, o embrião de um projeto ainda maior, para o qual faltam recursos: o Centro Cultural Dodô da Portela, que funcionaria na casa da antiga porta-bandeira, lugar que hoje serve de moradia para Flávio e dois de seus três filhos. Sua intenção é resgatar, com exposição de fotografias e peças usadas por ela nos desfiles, a memória da ilustre moradora da comunidade, morta em 2015, aos 95 anos. Mas, como tudo na vida do professor de capoeira, será um passo de cada vez.

Enquanto isso, Flávio pretende inaugurar a biblioteca em setembro. Até lá, quem quiser ajudar com doações pode entrar em contato pelo telefone 99481-9042.

EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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