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NASA NÃO usará satélite infravermelho para medir temperatura da população

Circula nas redes sociais uma publicação que afirma que a NASA, a agência espacial norte-americana, iria utilizar um “satélite infravermelho” para “medir a temperatura corporal de toda a população” e “mapear a taxa de contaminação da Covid-19”. A informação é falsa. É possível desconfiar do conteúdo dedo à continuação do texto. “É muito importante que você esteja todo nu do lado de fora da sua casa, na sua varanda, no jardim ou em frente à porta de entrada. Enquanto segura o seu RG na mão direita”. Há relatos na internet de que essa mensagem, disfarçada de notícia, surgiu como uma ideia para brincar com as pessoas – principalmente pelo fato de terem de aparecer nuas na frente de casa.

Essas mensagens ainda estão sendo disfarçadas de notícias. O texto vem sendo colocado junto a imagens simulando a aparência de famosos sites de notícias, como o G1.

Os satélites dos quais se fala na publicação, de fato existem e captam ondas infravermelhas (uma região no espectro da radiação eletromagnética), que, realmente, podem ser emitidos pelos objetos sob a forma de calor. Mas os satélites infravermelhos servem para captar a radiação emitida pelas nuvens, água ou pela superfície da Terra. Ou seja, não servem para medir a temperatura corporal dos humanos. Não é esse o seu objetivo.

Essa radiação pode ser usada para estudar mudanças na temperatura da terra, da atmosfera e do mar, permitindo vigiar as alterações climáticas, antecipar fenômenos meteorológicos (como o El Niño, por exemplo) ou monitorizar incêndios florestais. É para apenas esse fim que os satélites infravermelhos da NASA são utilizados. Eles não são utilizados para medir a temperatura corporal das pessoas a partir do espaço.

Além disso, nenhuma autoridade de saúde informou à população sobre tal medida.

EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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