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Moradora da CDD é assassinada por ex-companheiro na frente da filha

O crime que aconteceu na noite do último domingo (10). É mais um dos casos de feminicídio em favelas

Foto: Reprodução

Na Cidade de Deus, Zona Oeste da cidade do Rio, um homem assassinou a ex-esposa dentro de casa, na noite do último domingo (10). O assassino é o ex-companheiro da vítima, que cometeu o crime na frente da filha, portadora de síndrome de down. Segundo informações, Gênese da Conceição, autor do crime, apresentou-se algumas horas depois na 32ª DP, confessando o crime.

A moradora Eliana da Silva Vieira da Costa foi assassinada dentro de casa com o uso de arma de fogo, na localidade da 13. Minutos depois do ocorrido, policiais constataram o fato após o contato com a filha do ex-casal. A menor, portadora de síndrome de down, depois de presenciar a violência, teria ligado e pedido ajuda através do telefone da vítima.

Nas redes sociais, familiares, amigos e moradores da Cidade de Deus, manifestaram sua revolta com o caso e deixaram mensagens de apoio e carinho para Eliana da Silva.
Foto: Reprodução

O caso é mais um dos  inúmeros de feminicídio, prática criminosa que cresce a cada dia no país. Previsto na Lei do Feminicídio (13.104/15), o crime é hediondo e se qualifica quando os assassinatos acontecem em razão do gênero. Quando a vítima é morta por ser mulher, as penas são maiores. O Brasil é o 5º país com maior número de feminicídios. Por exemplo, em 2017 foram 4.600 casos.

O que define ser feminicídio?

Para se caracterizar feminicídio, o crime não precisa ser cometido pelo marido, namorado ou ex-parceiro. Um homem que mata uma mulher depois de estuprá-la ou porque ela não aceitou sair com ele, são casos de feminicídio.

Durante a pandemia, os números de casos de violência doméstica e feminicídios cresceram de modo alarmante. De acordo com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, nos primeiros seis meses de 2020, 1.890 mulheres foram mortas de forma violenta. Em março de 2020, as denúncias cresceram quase 18%, se comparadas ao mesmo mês do ano anterior (2019).

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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