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Temporal deixou mais de 200 famílias desabrigadas no Everest

Foto: Renato Moura
Foto: Renato Moura

Na madrugada de quinta-feira (15), o Rio de Janeiro foi surpreendido com um forte temporal que devastou completamente alguns bairros da cidade.

A situação ficou muito crítica na comunidade do Everest, localizado em Inhaúma. Mais de 200 famílias ficaram desabrigadas e viram suas casas serem levadas pela enchente que se deu em uma hora de chuva. Durante três dias nossa equipe esteve no local acompanhando toda a angústia e desespero de pessoas que infelizmente não possuem outra habitação, a não ser aquelas que foram devastadas pela força da chuva.

Ao todo 46 casas foram interditadas pela Defesa Civil Municipal. Estas estavam completamente devastadas, com destroços por todo o espaço, muito lixo, lama e eletrodomésticos quebrados. Visitamos a casa da Carla, moradora da comunidade há mais de 30 anos, que teve a casa e seus pertences danificados pela pressão da água. Ela nos contou que deixou o local, assim que iniciou a chuva por medo que algo acontecesse com seus filhos, contudo não imaginava que ao voltar encontraria paredes no chão e metade de seus utensílios danificados e jogados no Rio Timbó, que fica à margem da comunidade.

A perda de utensílios e estrago nas construções por conta de chuva já é um histórico recorrente no Everest. Ouvimos vários relatos que a situação se arrasta há anos, mas que de fato soluções plausíveis não são realizadas.
Todos os moradores pedem atenção das autoridades quanto ao planejamento de melhorias no que se refere a escoamento, saneamento básico e obras de drenagem para evitar alagamentos. A comunidade está há três dias sem água e sem energia elétrica. Pela manhã de sábado (17), a Comlurb trabalhou dentro do Everest para a retirada do lixo.

Foto: Renato Moura
Foto: Renato Moura
Foto: Renato Moura
Foto: Renato Moura

Segundo o secretário da casa Civil, Paulo Messina, as equipes da prefeitura estão mobilizadas de plantão e vão permanecer até que a última família que precise de assistência, seja atendida. A todo instante vimos doações chegarem de pessoas de regiões próximas ou afastadas afim de auxiliar quem perdeu tudo. Contudo os moradores pedem uma solução das autoridades envolvidas para que situações como estas, já previstas, não caiam em esquecimento.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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