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Policiais militares são condenados por mortes de seis pessoas no Morro da Coroa, no Rio de Janeiro

Agentes foram condenados a 54 anos de prisão, Para Ministério Público, eles agiram com "violencia desnecessária"
Foto: Hermes de Paula/Agência O Globo

Três policiais militares foram condenados a 54 anos de prisão e à perda de seus cargos pela morte de seis pessoas no Morro da Coroa, no Catumbi, na Região Central do Rio. O julgamento, baseado na ação ocorrida em abril de 2009, concluiu que os agentes agiram com “violência desnecessária” durante uma operação conjunta contra o tráfico de drogas. O Ministério Público do Rio destacou que não foi comprovado que os policiais sofreram ataque durante a incursão, contestando a versão inicial da Polícia Militar, que registrara os casos como homicídios decorrentes de auto de resistência.

A sentença ressaltou a “conduta altamente reprovável” dos réus, provocando forte indignação na comunidade, especialmente por atingir vítimas sem envolvimento com a criminalidade. Além disso, a intimidação contra familiares das vítimas e moradores que poderiam servir como testemunhas foi mencionada, resultando no abandono de moradias e exigindo a intervenção de agentes públicos comprometidos com os direitos humanos.

Relembrando o caso, o crime ocorreu em 2 de abril de 2009, quando seis homens, incluindo Josenildo Estanislau dos Santos, um lanterneiro de 42 anos, foram mortos durante uma operação conjunta entre agentes do 1º BPM (Estácio) e do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate). Enquanto a Polícia Militar sustentava a versão de um confronto legítimo, parentes e amigos das vítimas argumentavam que Josenildo foi executado a sangue-frio pelos policiais. O veredicto representa um passo significativo na busca por justiça diante das alegações de abuso de poder e violência policial.

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PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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