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Conheça a história de Sônia Maria Magalhães, a Soninha do Vidigal

A artista se apaixonou pela cerâmica em uma disciplina da faculdade. Desde então, virou seu hobby preferido (Foto: Igor Albuquerque / Voz das Comunidades)

Texto: Amanda Botelho | Fotos: Igor Albuquerque
Matéria publicada na edição de março do jornal impresso do Voz das Comunidades

Ela tem nome de artista: Sônia Maria Magalhães. Mas a dona dispensa a formalidade e prefere ser chamada de Soninha, como popularmente é conhecida. E, é com o apelido carinhoso que assina suas artes. Afinal, o nome faz jus ao dom. Soninha realiza trabalhos manuais de cerâmica, pintura e se arrisca em tudo que é relacionado ao mundo artístico, assim ela mesmo diz.

As artes de Soninha encantam turistas e moradores do Vidigal, onde reside há 40 anos. A criatividade ganha forma dentro de casa. A residência já deu espaço para uma fábrica de tamancos pintados à mão, estamparia e até um ateliê. 

Aos 64 anos, Sônia se dedica à arte desde a adolescência. Formada em Desenho Industrial, pela PUC Rio, foi na graduação que a artista se apaixonou pela cerâmica. Enquanto fazia a faculdade, engravidou de seus dois filhos, encontrou dificuldades para entrar no mercado de trabalho e viu na arte uma forma de sobreviver com o que ama.

Soninha leva de dois a três dias para pintar uma tela. O tempo varia de acordo com o estado de espírito e inspiração da artista.
(Foto: Igor Albuquerque / Voz das Comunidades)

Nesta trajetória, Soninha deixou sua marca registrada em grandes campanhas publicitárias para empresas, como Antarctica e O Boticário. Também criou os troféus da maratona de corrida em comunidades, do projeto De Braços Abertos. A artista motiva gerações futuras. Sônia já deu aulas de sustentabilidade com barro, pintura e roupas artesanais no Nós do Morro. Ainda no grupo de teatro, participou da peça “Encontros”, inspiração para a coleção de telas “Favela”, que pintou na pandemia. “Durante um ano ficamos em cena, eu pintava cinco painéis de dois metros por 90 centímetros em 50 minutos, enquanto a peça rolava”, explica.

O sorriso no rosto e o orgulho em falar sobre seu trabalho deixa evidente o amor de Sônia Maria Magalhães pela arte. “Arte na minha vida é tudo! Eu não me vejo fazendo outras coisas a não ser qualquer tipo de arte”, afirma.

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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