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Jovens do Morro da Chacrinha buscam por vitórias em Circuito Nacional de Badminton

Projeto Miratus Badminton atende 150 alunos com idade de 8 a 24 anos
(Foto: Divulgação)

Com raquetes e peteca, os sonhos dos atletas do projeto Miratus Badminton, do Morro do Chacrinha, no bairro da Praça Seca, Zona Oeste do Rio, vão longe. Celeiro de talentos, seus jovens seguem para mais uma busca por medalhas. Eles vão participar da 2ª Etapa do Circuito Nacional de Badminton 2023. O evento vai acontecer na cidade de Caxias do Sul (RS), entre os dias 19 e 23 de abril, no Ginásio Recreio da Juventude. Dos 25 atletas do projeto, que vão estar na competição, 16 são beneficiários do Bolsa Atleta RJ, iniciativa de fomento ao esporte do Governo do Estado.

“Temos expectativas de trazer bons resultados. O atleta que tem um sonho e potencial olímpico precisa ser cultivado. E o Governo do Rio tem nos ajudado a cultivar esses jovens que sonham empunhar uma raquete ao invés de armas“, conta Sebastião Dias de Oliveira, de 57 anos, profissional de Educação Física e idealizador da Associação Miratus de Badminton.

Badminton em ascensão

O badminton é uma modalidade esportiva praticada entre adversários que utilizam raquetes para rebater uma peteca que tem conquistado muitos adeptos. O projeto Miratus Badminton ocupa uma área construída de 1.500 metros quadrados no seu complexo esportivo. São atendidos cerca de 150 alunos, com idades entre 8 e 24 anos. De acordo com o coordenador do projeto, Donnians Abreu de Oliveira, de 22 anos, as crianças e jovens têm a oportunidade da transformação de suas histórias por meio do esporte. 

“Muitas dessas crianças e jovens vivem uma realidade de violência. Alguns deles são captados pelo tráfico de drogas. O projeto Miratus Badminton conquista esse jovem, antes dele se envolver com a criminalidade. Ele passa a criar ídolos do bem“, avalia Donnians, que é medalhista nos Jogos Sul-Americanos 2022 e, atualmente, se dedica a ajudar o pai, Sebastião, no projeto. 

A Associação Miratus de Badminton é uma entidade não governamental sem fins lucrativos. Foi fundada por Oliveira em 1998. O trabalho esportivo de Badminton com crianças, adolescentes e jovens teve início com recursos próprios, em um terreno que lhe foi doado no Chacrinha. Hoje, além do patrocínio da Light, o Miratus Badminton é viabilizado pela Lei de Incentivo ao Esporte, da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer. Os 16 jovens que recebem Bolsa Atleta RJ contam com ajuda financeira que varia entre R$800 e R$1.800. 

Campeão Pan-Americano com ouro no simples masculino, dupla masculina e duplas mistas, Renan Melo, de 17 anos, nascido e criado no Morro Tipografiado Chacrinha, é um dos jovens do projeto beneficiado pelo Bolsa Atleta RJ. Filho mais novo de três irmãos, sendo um deles especial, o jovem não teria condições de permanecer no esporte se não fosse a ajuda do governo estadual. 

“Meu pai é motorista e minha mãe fica em casa cuidando do meu irmão especial. Uso o dinheiro do Bolsa Atleta para participar dos campeonatos, pagando as minhas viagens, hospedagens, comida. Além disso, compro o meu material esportivo. A raquete de Badminton é muito cara“, explica Melo. 

O rapaz, que também estará na competição de Caxias do Sul, sonha em viver do esporte e se formar na faculdade de Educação Física. 

“O meu objetivo é chegar na seleção brasileira. Quero ser mais reconhecido pelo meu trabalho e representar bem o meu país“, assegura Melo. 

O secretário de Estado de Esporte e Lazer, Rafael Picciani, destaca a retomada dos programas esportivos, que garantem à população uma vida mais saudável. 

“Além de consolidar o Rio de Janeiro como palco de grandes competições esportivas no cenário nacional, a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer fechou o primeiro trimestre com a retomada das atividades nos equipamentos públicos, além de concluir a formatação do termo de referência para os novos núcleos esportivos que serão instalados em todas as regiões do estado comemora Picciani.

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PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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