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Morador da Penha perde emprego após ser acusado de imputação de crime

Jovem, que trabalhava como entregador de farmácia, denunciou calúnia por parte de cliente que o acusou de roubo
Cauã foi demitido após ser acusado de falsa imputação de crime.

O dia 3 de maio era para ser mais um dia normal na rotina de Cauã Barros, 21 anos, que trabalhava como entregador de uma farmácia do shopping Nova América, localizado na zona norte do Rio, mas não foi. O rapaz foi vítima de falsa imputação de crime.

Por volta de 20h, Cauã foi realizar uma entrega de uma compra na casa de uma moradora identificada como Ana Cleide. Ele contou ao Voz das Comunidades que ao chegar no local, chamou pela cliente que prontamente foi atendê-lo. Esta solicitou que Cauã entrasse em sua casa pois o cartão de crédito do qual iria efetuar o pagamento era de uma terceira pessoa, idosa e que estava impossibilitada de locomoção.

Segundo o entregador, ao entrar na casa encontrou um senhor que aparentava ter 80 anos. O idoso em questão deu o cartão a Cauã e disse que faria a compra no crédito. No momento do pagamento, a cliente que solicitou a entrega começou a acusar Cauã. “Você não tem permissão para aproximar o cartão porque eu não dei permissão, não dei autorização. E você pode estar passando qualquer valor sem eu ver”.

Cauã relata que a cliente o acusou de passar um valor a mais do cobrado. Ele explicou a ela que somente passou o pagamento do medicamento. Com todo o ocorrido, Ana Cleide fez uma reclamação na farmácia e Cauã acabou demitido.

Na entrevista concedida ao Voz das Comunidades, Cauã desabafou “Me senti muito constrangido e humilhado. Eu nunca passei por uma situação assim. Fiquei muito chateado pois sempre dei meu melhor no trabalho e sempre fui educado com todos os cientes. Só espero que a justiça seja feita e eu arrume um novo trabalho porque eu tenho um filho de 1 mês em casa e uma família para sustentar”.

O caso foi registrado na 21ª Delegacia de Polícia da Cidade do Rio de Janeiro.

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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