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OPINIÃO – A invisibilidade de direitos da população LGBTQIAP+ de favela

Direitos_LGBTQIAPN+
Foto: Talita Nascimento

Por Joice Bento
Mãe, comunicadora midiática, capricorniana, marketeira, macumbeira e vascaína

Em um mundo onde nos colocam como coloridos e purpurinados, nem todos conseguem enxergar esse glamour. É como se uma venda proposital fosse posta no rosto de cada não apoiador da causa LGBTQIAP+, e esta é uma verdade. 

Hoje quero focar na invisibilidade dos direitos da população LGBTQIAP+ nas favelas, que é um problema sério e complexo, que merece não só atenção, como ação! Embora as questões de direitos LGBTQIAP+ tenham avançado em algumas partes do Brasil, ainda somos o país que mais mata a classe. Muitas comunidades são marginalizadas e nossas favelas continuam enfrentando desafios significativos.

As favelas são frequentemente marcadas por altos índices de pobreza, violência, falta de acesso a serviços básicos e discriminação estrutural. Nesse contexto, as pessoas LGBTQIAP+ que vivem nessas comunidades, enfrentam múltiplas formas de opressão e exclusão.

Uma das razões para a invisibilidade dos direitos LGBTQIAP+ nas favelas é a falta de representatividade e de espaços seguros para discutir e enfrentar essas questões. Muitas vezes, a homofobia, a transfobia e a discriminação são enraizadas nas normas culturais e sociais dessas comunidades, o que dificulta a abertura de diálogos sobre diversidade e direitos LGBTQIAP+.

Apesar de vivermos em uma era tão tecnológica, a falta de acesso a informações e recursos ainda é algo impactante. Quando se trata de direitos LGBTQIAP+ nas favelas essa falta contribui para a invisibilidade dessas questões. A educação sobre diversidade sexual e de gênero ainda é insuficiente e muitas vezes ausente nas escolas e instituições dessas comunidades, o que perpetua o desconhecimento.

Para combater essa invisibilidade e promover os direitos LGBTQIAP+ nas favelas, é necessário um trabalho conjunto de diversos setores sociais e áreas que já existem no território e vem se tornado potências, mesmo que de formas pequenas. Daí surge a importância de fortalecer organizações comunitárias que possam oferecer apoio, orientação e recursos para a população LGBTQIAP+. Essas organizações podem fornecer um espaço seguro para o diálogo e criar programas de conscientização e capacitação e até mesmo cuidados com a saúde como a preservação de doenças.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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