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[OPINIÃO] – Até quando?

Ate_quando
Imagem: Reprodução com fotos de Selma Souza, Renato Moura e arquivos

Até quando o governador do Estado autorizará uma operação policial? Até quando a polícia vai entrar em uma comunidade atirando? Até quando a bala do fuzil do policial encontrará uma criança? Até quando a família será avisada de que seu ente querido foi atingido por uma bala e acabou morrendo? Até quando os moradores precisarão gritar e registrar em vídeo uma tentativa da polícia de forjar um crime? Até quando uma mãe questionará por quê à sua fé pela perda de seu filho? Até quando a polícia vai publicar uma nota incriminando uma criança? Até quando a família tem que repetir para mídia que a criança era gentil e estudiosa? Até quando a polícia vai alterar a versão e responder que está investigando internamente? Até quando a comunidade que protestava pelo fim da violência policial  será afugentada pela pelo Estado com bombas e tiros para o alto? Até quando uma mãe será amparada pelos parentes diante do caixão do seu filho? Até quando a família e os amigos cantarão que só querem ser feliz na favela onde nasceram manifestando o pedido de paz? Até quando a família precisará pedir justiça diante das câmeras? Até quando a comunidade terá que vestir branco e fazer uma passeata com cartazes pedindo por paz na favela? Até quando a comunidade se reunirá para uma missa de 7º de uma criança? Até quando uma criança da favela precisa virar estatística nos dados de segurança pública? Até quando será necessário esperar pela conclusão da perícia para comprovar que o tiro partiu da arma de um policial? Até quando a família terá que brigar na justiça pela condenação de policiais responsáveis pela morte da criança? Até quando o governador fechará os olhos para as crianças das favelas do Rio de Janeiro? Até quando teremos que viver nessa guerra?

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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