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Violência nas favelas do Rio fecha mais escolas e unidades de saúde em 2023 do que em 2022

Balanços alarmantes revelam escalada de prejuízos para estudantes e pacientes, com a violência superando números de 2022. Operações policiais impactam na educação e na saúde das favelas cariocas
Foto: Renato Moura / Voz das Comunidades

As favelas do Rio de Janeiro enfrentam uma dura realidade em 2023, à medida que o número de escolas e unidades de saúde fechadas devido à violência supera os registros do ano anterior. De acordo com os balanços das Secretarias municipais de Educação e Saúde, a escalada da violência tem causado prejuízos significativos para estudantes e usuários do serviços públicos de saúde, refletindo-se em um cenário alarmante.

Até o dia 2 de outubro deste ano, 500 escolas municipais tiveram que suspender suas aulas pelo menos uma vez devido a tiroteios, resultando em 2.259 fechamentos e afetando diretamente 176 mil estudantes. Em comparação, em 2022, 405 escolas enfrentaram a mesma situação, resultando em 2.128 fechamentos e 160 mil alunos prejudicados.

No setor de saúde, a situação é igualmente preocupante, com 639 fechamentos totais de unidades em 2023, contra 368 em 2022. Quando somados os fechamentos parciais de clínicas e a interrupção de atendimentos em residências, o total de ocorrências saltou de 1.301 no ano passado para 2.402 neste ano.

As operações das polícias Militar e Civil na Maré, por exemplo, resultaram no fechamento de 13 unidades de saúde, impactando diretamente pacientes que necessitam de cuidados médicos. Além disso, dois colégios estaduais que atendem 800 alunos suspenderam suas aulas. Na rede municipal de ensino, 41 escolas foram forçadas a fechar suas portas, afetando 13.946 estudantes.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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