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Número de mortes no Ceará por doenças respiratórias NÃO diminuiu em 2020

Circula nas redes sociais um post sobre o número de mortes por doenças respiratórias no Ceará. De acordo com o post, ocorreram menos óbitos por essa causa entre 16 de março e 10 de maio deste ano do que no mesmo período em 2019. Na data inicial do período analisado, houve a primeira morte confirmada no país por covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Segundo a publicação, os dados foram extraídos do Portal da Transparência do Registro Civil. A informação é falsa.

Além de estarem desatualizados, os números citados no post incluem erroneamente mortes por outras causas, que não têm nenhuma relação com problemas respiratórios. Os dados do Portal da Transparência do Registro Civil indicavam 2.808 óbitos por doenças respiratórias no Ceará no período citado em 2019 contra 3.217 em 2020. Ou seja, houve um aumento de pelo menos 409 casos no estado, o que equivale a um acréscimo de 14,5% em relação ao registrado no ano passado.

Os números vêm do Painel Covid Registral, um módulo do Portal da Transparência do Registro Civil que traz informações sobre mortes por doenças respiratórias com base no local de falecimento atestado pelos médicos em 2019 e 2020. Além disso, esses números vão mudar nos próximos dias, o que deve resultar em aumento do total de casos de 2020 em relação a 2019. Isso ocorre porque a atualização de informações segue os prazos legais, não é imediata.

O registro em cartório de um óbito pela família pode demorar até 24 horas. Os estabelecimentos, por sua vez, levam até cinco dias para concluir o processo. Depois, têm mais oito dias para enviar os dados para a Central Nacional de Informações do Registro Civil (CRC Nacional), que atualiza o site. Uma pessoa que morreu em 10 de maio, por exemplo, pode aparecer na contagem da página só duas semanas depois.

EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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