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Prefeitura promete iniciar intervenções ainda esta semana no buraco em rua do Complexo do Alemão

O buraco se abriu após o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) ter feito instalações de esgoto e cortar vigas de sustentação da travessa, e conforme carros e caminhões que passavam ali diariamente, o asfalto foi cedendo.
Buraco nas Palmeiras, Complexo do Alemão. Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades
Buraco nas Palmeiras, Complexo do Alemão. Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

Há quatro meses moradores da Travessa Torre, que fica no Morro da Palmeiras no Complexo do Alemão, convivem com um enorme buraco em sua rua. O buraco se abriu após o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) ter feito instalações de esgoto e cortar vigas de sustentação da travessa, e conforme carros e caminhões que passavam ali diariamente, o asfalto foi cedendo. Em abril, a Defesa Civil chegou a visitar o local, porém, nada ainda foi feito.

Famílias que moravam exatamente em frente do buraco tiveram que ser retiradas de suas casas e, segundo vizinhos, hoje estão morando na casa de familiares. Outras pessoas que moram próximas ao local receberam a promessa da Defesa Civil, no dia em que foi realizar a vistoria do buraco, de que iriam receber aluguel social para que pudessem ter condições de deixar o local. Mas, não foram definidas datas ou previsões de manutenção da rua nem de acesso ao aluguel social.

“Fizemos o cadastro que foi mandado e nada até agora, nenhuma resposta, tá todo mundo em casa por causa da pandemia. É gambá, rato que saem de dentro do buraco, é muito humilhante termos que passar por isso. Não dão nenhuma satisfação, tenho 2 filhas pequenas, estou desempregada e não tenho condições de sair daqui”, contou Crislaine Alves, de 27 anos, que ficou desempregada em razão da pandemia do novo coronavírus.

Mariana Silva, de 28 anos, é outra mãe que conversou com o Voz das Comunidades e falou sobre a atual situação da Travessa Torres: “Tenho 3 filhos, são crianças que estão em casa, não têm para onde sair. A rua era o único espaço de lazer que eles tinham, e acaba que vira uma preocupação, deixar eles brincando, e acontecer alguma coisa”.

A associação dos moradores das Palmeiras busca as autoridades desde março, quando o solo da rua começou a ceder. O que começou com um pequeno buraco se tornou uma grande cratera, causando transtornos no trânsito de veículos que utilizam a travessa nas suas rotas de ir e vir, e ainda colocando moradores da região em risco.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura, Habitação e Conservação informou que vai iniciar as intervenções ainda esta semana

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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