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IBGE anuncia mudança de nomenclatura: de ‘Aglomerados Subnormais’ para ‘Favelas e Comunidades Urbanas’

Parceria "Favela no Mapa" com CUFA e Data Favela contribui para reconhecimento histórico e desconstrução de estigmas
Foto: Divulgação / CUFA

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anuncia uma mudança significativa na nomenclatura para se referir às favelas brasileiras, substituindo o termo “Aglomerados Subnormais” utilizado desde a década de 1980 por “Favelas e Comunidades Urbanas”. A decisão vem após a parceria bem-sucedida entre o IBGE, CUFA (Central Única das Favelas) e Data Favela no projeto “Favela no Mapa”, que teve como objetivo recensear de forma precisa e representativa as comunidades em todo o país.

A iniciativa, que buscou reduzir o percentual de domicílios não recenseados em comunidades, não apenas contribuiu para a precisão dos dados, mas também desencadeou uma reflexão sobre a importância de reconhecer as favelas como parte integral da sociedade brasileira. A alteração da denominação representa um marco histórico, desmitificando estigmas associados ao termo “favela” e facilitando a mobilidade social das comunidades.

Para Celso Athayde, fundador da CUFA, o reconhecimento das favelas pelo IBGE é um passo importante para afirmar a visão de que “favela não é carência, favela é potência”. A CUFA, atuante em mais de 5 mil favelas em todo o Brasil, tem trabalhado continuamente para potencializar as oportunidades nas favelas, promovendo projetos focados em esporte, cultura, empreendedorismo e desenvolvimento.

Renato Meirelles, fundador do Data Favela, destaca que a parceria, que inicialmente colocou as favelas no mapa, agora coloca o nome “favela” nas estatísticas nacionais. Essa ação é um passo fundamental para dar visibilidade e reconhecimento à diversidade, resiliência e criatividade presentes nas favelas brasileiras.

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PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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