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Zona Norte do Rio de Janeiro sofre com forte chuva; consequências são vistas ainda na manhã deste domingo (14)

Rio Acari transbordou e invadiu casas no bairro e deixou pessoas desabrigadas
Água invadiu parte do estacionamento do hospital de Acari. Foto: Reprodução


A intensidade das chuvas que atingiram o Rio de Janeiro nos últimos dias, entre 13 e 14 de janeiro, trouxe sérias complicações para a população, especialmente nas áreas das favelas.

Acari foi fortemente impactada pela chuva. O Rio Acari transbordou, obrigando muitas pessoas a deixarem suas casas em busca de locais seguros.

Vídeo: Reprodução

O Hospital de Acari também foi foi afetado pelas inundações. A água invadiu o estacionamento, comprometendo o funcionamento normal da instituição. Quem também teve que interromper o serviço foi o metrô. A formação de um “rio” nos trilhos obrigou a paralisação temporária das operações.

Até jacarés foram vistos por moradores no meio das ruas. Nas redes sociais, vídeos registraram os animais em meio a enchente que atingiu o bairro.

Em alguns pontos, o Rio Acari chegou a inundar casas por completo e quase alcançou pontos mais altos. Foi o que aconteceu com Leticia Pinheiro, de 27 anos, que mora no segundo andar. A moradora relatou que faltava apenas um degrau para a água da chuva alagar sua casa. “A prova de concurso que eu iria fazer não previu isso”, disse.

A casa de seus pais que nunca havia entrado água, entrou. O mercado de seu pai, que fica muito acima do nível da rua, alagou, fazendo com que perdesse muitos produtos.

No grupo de moradores de Acari, uma moradora pediam ajuda de alguém que tivesse um bote para salvar sua tia que ficou presa em casa por conta da água que chegou a alcançar quase dois metros de altura dentro de casa.

Na manhã deste domingo, as consequências da chuva puderam ser vistas. Na Fazenda Botafogo, moradores registraram até o um carro virado no meio da via.

Na Favela do Chapadão, um deslizamento de terra destruiu pelo menos três casas na Rua Moraes Pinheiro e deixou pelo menos uma pessoa morta, segundo a página “Guadalupe News Oficial”. No Morro da Pedreira, houve um deslizamento de terra, ainda não há relatos de vítimas, mas um vídeo mostra alguns moradores procurando por pessoas no local do deslizamento. Outra ocorrência foi registrada na Favela do Caju, onde uma árvore caiu.

Na madrugada, o Centro de Operações Rio instituiu o Estágio 4 (em uma escala que vai de 1 a 5) na cidade do Rio de Janeiro, alertando para que moradores não se deslocassem pela cidade.

A Defesa Civil acionou 29 sirenes às 0h30min deste domingo em 16 comunidades em função das chuvas. As comunidades foram Babilônia, Caixa D’Água, Chapéu Mangueira, Comandante Luiz Souto, Jardim do Carmo, Juramento, Parque Silva Vale, Rua Brício de Moraes, Rua Frey Gaspar, Rua Quiririm, São Miguel Arcanjo, Sapê, Sereno, Travessa Antonina, Vila José de Anchieta e Formiga.

Problemas também foram identificados em vários bairros da cidade como Guadalupe, Pavuna, Anchieta, Jardim América e Marechal Hermes. Na altura de Irajá, a Avenida Brasil está alagada.

Até o fechamento desta matéria, o Rio de Janeiro ainda estava no Estágio 4. As recomendações são:
– Adie compromissos;
– Permaneça em local seguro;
– Desloque-se apenas se estiver em área de risco ou em caso de extrema necessidade;
– Ofereça abrigo a amigos e familiares.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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