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Insegurança alimentar afeta famílias do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro

Estudo revelou que situação foi agravante durante a pandemia
Foto: Divulgação

Um recente estudo conduzido pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) em parceria com mais de 8 mil moradores do Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, revelou uma dura realidade: 75% das famílias com crianças de até 6 anos enfrentaram ou ainda enfrentam insegurança alimentar nos últimos três anos.

Os dados, divulgados nesta segunda-feira, 16 de outubro – Dia Mundial da Alimentação, indicam que, de 2019 a 2023, 80% dos residentes convivem com algum grau de insegurança alimentar, com 53% em uma situação considerada grave. Segundo a pesquisa, a falta de recursos levou mais de 70% dos entrevistados a enfrentarem refeições insuficientes, e 40,3% a reduzirem a quantidade de alimentos ou pularem refeições devido à dificuldade financeira. Além disso, a pesquisa destaca que 11% dos moradores relataram que seus filhos passaram um dia inteiro sem comer devido à falta de recursos, com 33% enfrentando essa situação por quase um ano e 51% por alguns meses.

A diretora de pesquisa do Ibase, Rita Brandão, ressalta a importância de uma alimentação adequada na primeira infância, enfatizando que a falta de comida prejudica o desenvolvimento cognitivo das crianças, com repercussões no aprendizado e no futuro. A pesquisa também está sendo conduzida em outras comunidades do Rio e da Baixada Fluminense, visando fornecer informações essenciais para moldar políticas públicas e combater a fome.

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PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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