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Supremo Tribunal Federal define que famílias vítimas de tiroteios em operações policiais devem ser indenizados pelo poder público

A decisão de responsabilidade do Estado só ocorrerá caso o governo prove que não houve participação direta de policiais na morte ou ferimentos de vítimas
Foto: Reanto Moura / Voz das Comunidades

Nesta quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que o Poder Público será responsável pelo pagamento de indenizações à famílias que foram vítimas de tiroteios durante operações policiais. Na decisão, o Estado será responsabilizado, caso haja mortos e/ou feridos durante uma operação.

A decisão de responsabilidade do Estado só ocorrerá caso o governo prove que não houve participação direta de policiais na morte ou ferimentos de vítimas.

Na decisão, os ministros definiram que:

  • o Estado é responsável na esfera cível por morte ou ferimento decorrente de operações de segurança pública, nos termos da teoria do risco administrativo.
  • é ônus probatório do ente federativo demonstrar eventuais excludentes de responsabilidade civil.
  • a perícia inconclusiva sobre o disparo fatal durante operações não é suficiente, por si só, para afastar a responsabilidade civil do Estado, por constituir elemento indiciário.

O caso base que serviu para essa decisão foi a morte de um homem de 34 anos que aconteceu em 2015, no Rio de Janeiro. O homem foi atingido por um disparo que partiu de uma arma de um policial no Complexo da Maré. A família foi até a justiça e pediu indenização da União e do governo do Rio de Janeiro por dano moral, custos do funeral, além de pensão aos pais do homem que foi morto. Mesmo com as derrotas na primeira instância e com o entendimento por parte do Tribunal Regional Federal da 2ª Região em manter a decisão, a PGR apresentou parecer a favor da família, responsabilizando o poder público pela origem do disparo.

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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