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Teste rápido oferecido pelo SUS detecta HIV, sífilis e hepatites B e C; saiba como fazer

Especialistas em saúde apontam a importância de testar para ISTs pelo menos uma vez só ano
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades

Dados da última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) mostraram que 59% das pessoas com mais de 18 anos de idade não usam camisinha em nenhuma das suas relações sexuais. Entre as diversas infecções sexualmente transmissíveis (IST), o teste rápido, oferecido gratuitamente pelo SUS, detecta o HIV, a sífilis e as hepatites B e C, de forma sigilosa. O procedimento dura no máximo 30 minutos e pode ser realizado em qualquer unidade de saúde – preferencialmente, em Clínicas da Família, Centros Municipais de Saúde (CMS) e Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). 

Ao chegar na unidade, a pessoa que quer realizar o teste rápido, seja por rotina ou suspeita de IST, pode se dirigir ao guichê de atendimento e manifestar o interesse no serviço. Caso seja em uma clínica da família, não é necessário que seja a do seu território; a unidade entende como situação emergencial. Também não é necessário dar mais detalhes no guichê. Essa parte pode ser somente entre o paciente e o profissional da saúde que irá fazer a consulta pré testagem. 

Na Clínica da Família Zilda Arns, localizada no Complexo do Alemão, eles realizam, em média, 50 testes rápidos por dia. Na última semana, que foi dividida entre novembro e dezembro, foram realizados cerca de mil testes. A ação fez parte do Dia Mundial de Combate à Aids.

A responsável técnica da enfermagem alerta que é importante realizar a testagem ao menos uma vez no ano, principalmente quem tem a vida sexual mais ativa. “Quanto antes você descobrir que tem alguma dessas infecções, melhor, para não correr o risco de lá na frente ter uma situação mais grave”, alerta. Ela reforça, ainda, que IST não tem cara, cor, gênero ou orientação sexual.

HIV

O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), entre as infecções detectadas pelo teste rápido, é o único que não tem cura. No entanto, tomando a medicação corretamente, é possível que a pessoa tenha qualidade de vida e, a partir de um tempo, o vírus se torna indetectável. É importante ressaltar que existe diferença entre HIV e Aids, que é a doença causada pelo vírus.

Ao testar positivo, o paciente passa pelo acolhimento e já sai com o medicamento mensal, além de receber uma receita em que é possível retirar o medicamento em qualquer unidade de saúde. Isso porque a pessoa soropositiva tem o direito ao sigilo e pode não querer esbarrar com conhecidos.

Sífilis

A sífilis é uma infecção curável, causada pela bactéria Treponema pallidum, e pode ser diagnosticada como primária, secundária, terciária e a latente, sendo a última a que não apresenta sintomas. Nas fases iniciais (primária e secundária), o paciente apresenta alguns sintomas como manchas no corpo e lesão na palma da mão ou do pé. Na terciária, que significa que o paciente já está infectado há anos. A sífilis afeta o sistema neurológico e pode levar à morte.

O tratamento da sífilis dura três semanas e é realizado pela clínica da família.

Hepatites B e C

As hepatites B e C são inflamações no fígado causadas por vírus e são um grave problema da saúde pública mundial. Elas têm cura, mas são silenciosas e acabam sendo descobertas quando a doença já está muito evoluída, com cirrose ou até com câncer de fígado (hepatocarcinoma).

O seu tratamento dura por 8 ou 12 semanas, acompanhado não só pela clínica da família como também por um infectologista.

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PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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