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Maré recebe candidatos ao Governo do Rio para debate sobre Segurança Pública

CANDIDATOS COM MAIORES POSIÇÕES NAS PESQUISAS NÃO COMPARECERAM AO ENCONTRO

Com o apoio e a iniciativa dos moradores, organizações civis do território e lideranças comunitárias, o Fórum Basta de Violência – Outra Maré é Possível, promoveu na noite de ontem (18), o Debate com Candidatos na Maré, onde reuniu candidatos ao cargo de Governo do Rio de Janeiro em um debate aberto com cerca de 400 pessoas no Centro de Artes da Maré.

Luiz Eugênio Honorato (PCO), Ivanete Conceição da Silva (candidata a co–governadora, representando Tarcísio Motta (PSOL), Marcia Tiburi (PT) e Dayse Oliveira (PSTU) foram os presentes no evento. De doze convidados para o encontro, apenas quatro partidos aceitaram o diálogo com a comunidade e a participação ativa de muitos jovens lotou o Centro de Artes durante duas horas.

Dayse Oliveira (PSTU), Ivanete Conceição da Silva (Representando Tarcísio Motta (PSOL), Marcia Tiburi (PT) e Luiz Eugênio Honorato (PCO). Foto: Renato Moura/Voz das Comunidades

Dividido em seis blocos, o Debate permitiu que moradores da Maré e de outras regiões fizessem perguntas relacionadas a Segurança Pública, tema principal do evento, além de assuntos como cultura, saneamento básico e educação, que também não ficaram de fora. O encontro teve como objetivo realizar uma troca de ideias para buscar alternativas junto com os candidatos, criar uma gestão de segurança pública e oficializar as propostas para a comunidade.

Questionada pelo Voz das Comunidades sobre como seria a questão da aproximação do Governo com as favelas, Marcia Tiburi (PT), diz que “se deve criar a intensificação do diálogo entre a governadora, o governo e as pessoas. Pretendendo estabelecer políticas de gestão baseada nas pessoas da Maré”.

Representando o candidato Tarcísio Motta (PSOL), que não pode comparecer ao evento devido a agenda, a candidata a co–governadora Ivanete Conceição da Silva disse que estava muito feliz pela presença no debate. “É um debate que está sendo realizado dentro de uma comunidade, estou sentindo a emoção e o olho no olho. Isso é demais! Muita força e presença. É troca e contribuição. A construção do nosso programa de governo é exatamente isso. É criar uma abertura democrática para que cada um e cada uma possa exercer sua cidadania de fato. Que invista em mais espaços de debates, recuperando a construção e empoderando mais as pessoas”.

Dayse Oliveira, que defende o cargo pelo PSTU disse que uma revolução é necessária. “A nossa proposta é criar um conselho popular. O Estado tem que dar dinheiro e condições para as comunidades. Isso sim é uma revolução! E não uma maquiagem que não atende as necessidades reais”.

Durante o evento com os candidatos ao Governo, uma rajada de tiros foi disparada e o universitário Laerte Breno, de 23 anos e morador da Maré, comentou sobre a importância do fato ter acontecido durante o encontro. “A favela sempre foi um corpo geográfico não pertencente a cidade e é importante que os candidatos estejam aqui para presenciar esse tipo de situação. Como a pauta específica hoje é a segurança pública e violência em geral, esses sons de tiros mostram aos aqui presentes que é diário e acontece a qualquer momento. Espero que eles reflitam sobre isso”.

Laerte Breno tem 23 anos, é estudante de Letras e morador da Maré. Foto: Jacqueline Fernandes/Voz das Comunidades

“A gente tem que afastar as más impressões. Eu me senti muito à vontade aqui na Maré. Esse medo tem que ser vencido. Temos que nos mobilizar e nada pode nos amedrontar. O debate foi maravilhoso e a iniciativa também! Saio daqui com uma ótima impressão do lugar e de todo mundo que me recebeu.” Finalizou o candidato Luiz Eugênio Honorato, do PCO.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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