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Misturando cultura japonesa e carioca, Mangateca Comunitária é aberta no Morro do Fallet

A iniciativa do fotógrafo Edson de Cura, de 26 anos, democratiza a leitura para moradores da comunidade; o evento ocorreu no último sábado (9)
Foto: Visão Dicria/Divulgação
Foto: Visão Dicria/Divulgação

Desde o último sábado (09), a comunidade do Morro do Fallet, na região central do Rio de Janeiro, observa o “casamento” da cultura asiática e carioca de perto. Pois, na Rua Jorge da Silva, número 121, a iniciativa AnimeDicria abriu a primeira Mangateca Comunitária no hemisfério ocidental. No comando de Edson de Cura, de 26 anos, o espaço popular funciona de segunda a sábado e disponibiliza um acervo de três mil exemplares de mangás, revistas de Histórias em Quadrinhos e gibis para os moradores da região.

Foto: Visão Dicria/Divulgação
A Mangateca Comunitária com exemplares no espaço.
Foto: Visão Dicria/Divulgação

Com uma estrutura voltada ao entretenimento do público jovem, o lançamento da Mangateca contou com a apresentação de nomes reconhecidos no cenário do rap, como o rapper niLL, e de novas potências no gênero. Entre essas, os artistas Antconstantino, Bryan AVS, Diaz, DJ Swag do Complexo, DJ KL do Fallet, DJ Fofao, Eric Magreen, High Tuco e Rafike Madu. Além disso, durante o evento, as crianças aproveitaram da disponibilidade de um “playground” com pula-pula.

Nos últimos anos, a presença de animes no cotidiano brasileiro tem sido cada vez mais comum, com emissoras exibindo as produções japonesas em rede nacional. Em razão disso, boa parte dos moradores de favela cresceram assistindo as animações, como o tradicional Pokémon.

Foto: AnimeDiCria/Divulgação
A iniciativa Mangateca Comunitária, do AnimeDicria levou mais de 100 crianças no último sábado.
Foto: Pamela Pereira/Divulgação

Para Edson Cura, idealizador do AnimeDicria, a possibilidade de expandir o conhecimento para todos na comunidade é uma sensação indescritível. Segundo ele, a iniciativa surgiu no primeiro ano da pandemia como válvula de escape do momento complicado que se encontrava emocionalmente e financeiramente. A partir de publicações no Instagram, misturando a cultura japonesa e carioca, o ilustrador recebeu grande repercussão. Atualmente, a página criada por ele possui 27 mil seguidores.

Ed, como é conhecido, achou na página uma maneira de continuar produzindo conteúdo através da fotografia.
Foto: Selma Souza/Voz das Comunidades

“A Mangateca do Anime Dicria quer oferecer todo o tipo de leitura possível para crianças, adolescentes e adultos, né? A democratização da leitura passa por todas as fases e ajuda muito no desenvolvimento pessoal e na transformação de quem reside nas comunidades cariocas, pois é uma ponte para novas perspectivas”, comenta.

O espaço popular de leitura conta com o apoio da Redley, Crunchyroll, Thug Nine, Pormenor, Yokai, Cris Record e Jbox. Além destes, os três mil exemplares foram doações de parceiros. Caso possua interesse em colaborar com a iniciativa, você pode acessar o financiamento coletivo e fazer parte disso.

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PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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